terça-feira, 21 de julho de 2015

O planeta Saturno

  • Rotação: 10 horas, 39 minutos, 26 segundos
  • Translação: 29 anos, 167 dias e 6,7 horas
  • Diâmetro: 120.536 km
  • Temperatura: -134 ºC
  • Gravidade: 9,05 m/s^2
  • Luas: 62 identificadas
  • Composição da atmosfera: Hélio e hidrogênio



Localizado entre Júpiter e Urano, Saturno é o último dos planetas visíveis a olho nu e portanto dos planetas conhecidos na antiguidade.

Mesmo sendo o segundo maior planeta do sistema solar, somente a partir do final da década de 70, através das sondas Pioneer 11 e Voyager I e II é que se se obteve informações de algum valor a seu respeito.

Tem um grande número de satélites, dos quais 53 têm nomes. Está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais externo situado entre 180 mil e 400 mil km do centro do planeta.


Atmosfera

A composição de Saturno é parecida com a do Sol e também de Júpiter, mas suas faixas têm contrastes mais atenuados do que este. Isto deve-se principalmente às temperaturas mais baixas em sua atmosfera.

Em Saturno os movimentos atmosféricos são bem rápidos e os ventos atingem a velocidade de 1.800 km/h.

Nuvens de Amônia congelada proporcionam o tom esbranquiçado predominante em sua atmosfera. As colorações marrons podem ser nuvens de hidrosulfeto de amônia (NH4 HS) e os pouquíssimos locais azulados são cristais de gelo.

Somente através das aberturas profundas em sua atmosfera, proporcionadas pelos furacões, é que se pode ver as regiões mais internas do planeta.

Com exceção do hélio, a composição atmosférica é semelhante e proporcional a do Sol, predominando o hélio. Em quantidades bem menores estão presentes gases nobres como neônio e argônio, mais a presença de metano, amoníaco, ozônio e anidrido sulfuroso. Também existem sinais de fosfina e propano, os mesmos corantes presentes na atmosfera de Júpiter.


Superfície

Estrutura de Saturno
Créditos: Kelvinsong

A estrutura interna de Saturno também é parecida com a de Júpiter, porém supõe-se que seu núcleo seja composto de óxido de magnésio, óxido de silício, sulfeto e óxido de ferro, onde está 25% da massa total (que é de 95 vezes a terrestre), mas ocupando apenas 20% do raio planetário.

A parte compreendida entre 20% e 50% desse raio supõem-se ser ocupada por hidrogênio líquido metálico a uma temperatura entre 20 mil e 40 mil graus Kelvin. Acima disso está o envólucro de hélio e hidrogênio ainda em estado líquido, podendo chegar a superfície do planeta ainda nesse estado, dai por diante ao estado gasoso e formando a atmosfera.

Assim como Júpiter, Saturno envia ao espaço duas ou três vezes mais energia do que recebe do Sol.


Campo Magnético

A magnetosfera de Saturno é das mais complicadas de todo o sistema solar, devido ao grande número de partículas dos anéis e a influência de seus grandes satélites.

O eixo magnético está inclinado 0,7 graus com o eixo de rotação e o campo mede 0.21 Gauss, sendo que nos pontos de maior intensidade não chega a metade do valor do campo terrestre. Apesar disso a magnetosfera (espaço ao redor do planeta, onde o campo é dominante), tem grandes dimensões.

Na direção do Sol a magnetosfera atinge 1,4 milhões de km e no lado oposto atinge 4,82 milhões de km. Na presença desse campo ocorre a captura de partículas carregadas, que formam uma camada de plasma ao redor do planeta. Essa camada tem baixíssima densidade, porém é muito espessa.

Sondagens realizadas pelas sondas Voyager demonstraram que o campo magnético faz uma rotação completa em 10 h, 39 min e 26 s, que é o tempo mais provável para a rotação do planeta, pois acredita-se que o campo magnético seja solidário com o interior do planeta.


Observando Saturno

Saturno é o último dos planetas que se pode observar sem auxílio de instrumentos.

As observações dos anéis de Saturno feitas da Terra dependem da posição entre os dois planetas, já que devido à inclinação das órbitas da Terra e de Saturno os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro ou como dois braços de Saturno.

Em 1675 Giovanni Cassini (1625-1712) descobriu que havia um vazio no conjunto de anéis. Esse vazio ficou conhecido como Divisão de Cassini, sendo a maior das divisões entre os anéis.


Extraído de: http://www.apolo11.com/tema_astronomia_saturno.php

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